domingo, outubro 01, 2006

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Sim, Chico Buarque é bom, mas...

...é branco! Branco, musicalmente falando, não me interpretem mal, e já explico o que quero dizer com isto. Acontece que nesta altura em que o Chico vai dar uns concertos em Lisboa, e que na blogosfera há tanto quem o aprecie (sei lá, o Filipe Moura, o Ivan Nunes, e, o guru dos admiradores do Chico na blogosfera, a Ana Sá Lopes) apetece-me quebrar o unanimismo, com um bocado de sorte gerar alguma polémica, e dizer que o Chico está bastante overrated, musicalmente falando. Lembra-me o Filipe e com razão que o unanimismo é pelo lado lírico, o que até se compreende, é um excelente poeta, e não é por aí que eu vou pegar, é pelo lado musical mesmo. E não é que eu não goste de Chico, até gosto, passei uns anos a ouvir um vinil de capa azul que os meus pais tinham, fui aos concertos no Campo Pequeno (aos anos a que isso foi, pr'aí em 87, era eu uma criança) e no Carlos Lopes, gostei muito e até era gozado no secundário por isso. Foi para mim uma excelente porta de entrada na música brasileira, depois veio Elis, a seguir todos os mestres da bossa nova, Vinícius, Caetano e o Tropicalismo e finalmente Gilberto Gil (não sei se repararam na progressão ascensional, ou quase...). Tudo isto acaba por relativizar um bocado a genialidade do Chico Buarque.
Mas então o que é isso de ser musicalmente branco? E que mal tem isso? Começando pela segunda pergunta, é uma questão de gosto pessoal, há quem veja nisso uma virtude e há quem não veja (e aqui eu levanto timidamente o braço, estou no segundo grupo). Quando digo musicalmente branco, por oposição a negro, estou a pensar naquilo que distingue a música europeia (branca) da música africana ou mestiça com influência africana (negra). A música europeia popular ou a dita erudita (pelo menos até Wagner, que depois de Schönberg é o desastre) é essencialmente a melodia com uma propensão irritante para a tonalidade. Já a música africana é feita de harmonias e ritmos, mesmo nas suas formas mais básicas a música negra é na sua essência muito mais complexa do que a branca, por mais que esta tente disfarçar com orquestrações elaboradas (só possíveis graças à simplicidade intrínseca da música europeia). Mais ainda, quando nas Américas se dá a miscigenação das músicas europeia e africana, com esses dois fenómenos gémeos do Jazz (norte-americano) e do Choro (brasileiro), precursores de uma infinidade de géneros num e noutro lado, complementam-se os ritmos e harmonias africanos com o formalismo canónico europeu e ganha a música em complexidade, que é uma forma de riqueza. Ora, com Chico essa riqueza desaparece. Com Chico a música é só melodia, e sempre perturbadoramente tonal, acabando por se aproximar muito mais de uma certa música europeia, nomeadamente a Chanson Française e a música ligeira (o que quer que isso seja), do que do Choro. Quando se tenta transcrever uma melodia buarquiana deparamo-nos com a (triste) constatação de que não há uma notazinha que seja fora da escala - claro que os apreciadores verão nisso um sinal de perfeição. Quando se transcreve Gil, nem se sabe em que escala se está, mas isso é um detalhe. A música de Chico é assim cristalina, perfeitinha, simples, direitinha, arranjadinha, mas é esse o problema, é demasiado arranjadinha, demasiado certinha. Mais branco que isso só mesmo Bach. O vídeo que se pode ver no link para A Praia ali em cima é um excelente exemplo do efeito Chico. Note-se que se trata de uma interpretação do Chico Buarque de um tema de Sivuca (João e Joana, a letra é de Chico). Pegando numa música de Sivuca, esse grande mestre do choro e outros géneros, Chico toca e canta, é só ele e o violão, assim sem mais nada. Onde está o pandeiro? E o resto? Onde foi parar toda a riqueza e complexidade da música mestiça?
É claro que é uma questão de gosto, há quem goste e quem não goste, mas gostos discutem-se (espero...).

Arquivado em:Música

15 Comments:

Blogger Filipe Moura Escreveu...

Certo, o Chico é branquíssimo. Mas também é brasileiríssimo. Muito mais brasileiro do que o Caetano! O Caetano é mais universal. O Chico pode ser muito mais limitado, mas no seu estilo é incomparável.

1:50 da tarde, outubro 02, 2006  
Blogger Filipe Moura Escreveu...

E depois tens de ver: eu nunca fui a um concerto do Chico! Só comecei a ouvir o Chico com 18 anos, e por influência de amigos.
O Caetano, também por influência de amigos, veio ainda mais tarde.
O concerto do Chico para mim vai ser um evento!

1:53 da tarde, outubro 02, 2006  
Blogger Zèd Escreveu...

Chico... Caetano... Espero que isto seja o princípio da tua caminhada ascencional, e culmine tão cedo quanto possível num concerto do Gilberto Gil (e se o Lula ganhar talvez demore um pouquito).

2:30 da tarde, outubro 02, 2006  
Blogger Filipe Moura Escreveu...

Já fui a vários, o último dos quais aí em Paris. Acho o Gil uns furos abaixo do Caetano e do Chico.
Não é para te provocar (garanto), mas ao entrares no Avesso do Avesso vais ter uma surpresinha.

3:32 da tarde, outubro 02, 2006  
Blogger rb Escreveu...

"Quando se tenta transcrever uma melodia buarquiana deparamo-nos com a (triste) constatação de que não há uma notazinha que seja fora da escala - claro que os apreciadores verão nisso um sinal de perfeição."

Discordo frontalmente desta análise. Conheço bem a música de Chico e outros. Considero-o superior e só suplantado pelo seu próprio mestre, Tom Jobim. Musicalmente, digo.

É certo que o Chico é mais erudito e daí aproximar-se dalguma cultura europeia. É filho de "boas famílias", viveu em Itália, etc ...

Mas dizer que as suas melodias não saem do mesmo tom não é verdade e é fazer-lhe uma tremenda injustiça. São muitas, mas mesmo muitas, vezes complexas, com várias modelações, algumas só momentâneas, usa e abusa de cromatismos e dissonâncias várias e sempre muy saborosas. Harmonicamente é também bastante completo, um exímio criador de progressões de acordes, utilizando extensões e condução de vozes geniais.

Um exemplo dessa, diria, mestria nas músicas do Chico, entre muitos outros que se poderão dar, é Beatriz.

2:26 da manhã, outubro 03, 2006  
Blogger Zèd Escreveu...

Beatriz é de facto um bom exemplo, embora tenha modulações, claro que tem, mas Beatriz é só melodia. E é lindíssima por sinal, a melodia (a Beatriz provavelmente também), mas com todas as suas modulações acaba sempre por voltar à tónica.

8:59 da manhã, outubro 03, 2006  
Blogger rb Escreveu...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:47 da manhã, outubro 03, 2006  
Blogger rb Escreveu...

Zèd,

Claro que habitualmente volta sempre à tonica, mas isso tb acontece com o G.Gil e até com mais frequência. É verdade que este é bastante criativo e tem músicas muito interessantes harmonicamente, mas uma grande parte é básico.
Como sabe, a Bossa Nova é inspirada no jazz. A progressão harmónica mais utilizada é o clássico II-V-I (subdominante, dominante, tónica). Tem a particularidade de utilizar sempre as tetrades, acordes com a sétima, em vez das tríades mais características do Rock. E também se distingu pela maior divesidade dos acordes, com invertidos, diminutos, meio-diminutos, suspensos, alterados, etc. Mas invariavelmente a harmonia anda toda à volta do tal II-V-I. A mestria está na forma como o mesmo é desenvolvido e disfarçado e isso o Chico sabe fazer como ninguém.
O G.Gil tem muitas músicas que acabam na tónica, diria até que são a maioria. No Chico isso já não é tão habitual, a sua música é menos previsível, mais complexa. E o facto de acabar na tónica não quer dizer que a música sempre se tenha mantido tonal, mas tão só que assim acabou.
Se me der exemplos de que a música de G.Gil, do Caetano ou de outro, além do Tom Jobim, é menos previsível e menos básica que a de Chico, podíamos discutir a partir daí. Para mim seria um grande prazer porque sou um apaixonado da harmonia e da MPB.

12:05 da tarde, outubro 03, 2006  
Blogger Zèd Escreveu...

Caro rb

Vamos por partes. "A Bossa Nova é inspirada no Jazz" é uma simplificação exagerada. A Bossa Nova vai buscar ao Jazz alguns formalismos, nomeadamente os acordes, tetradas é verdade. Mas a Bossa Nova é uma evolução do Samba e do Choro, e continua como aqueles percursores bem brasileira. Por outro lado o II-IV-I é uma formula muito específico do Jazz sobretudo a partir do Be Bop, tal como aliás uma série de variações no "12-Bar Blues", e são coisas que não vemos muito na música brasileira. Mas aproveitando a deixa das tetradas, elas são muito menos abundantes no "Chico Song Book" do que no cancioneiro de Jobim ou João Gilberto e o inverso se passa com as tríades maiores e menores, sinal da brancura de Buarque.
Agora na comparação entre Gil e Buarque, e é uma coisa um bocado descabida, é como estar a comparar irmãos, mas aí a culpa é toda minha, por tanto vou direito ao precipício. Tomemos como caso tipo de Chico a "Valsinha" e de Gil (esta foi uma escolha difícil) "A Novidade". "A Valsinha" é feita de modelações subtis, elegantes, sufisticadas e ao mesmo tempo simples da melodia, sempre a melodia, afasta-se da tónica mas acaba sempre por voltar, e é esse o encanto. É um tema despido, nú mesmo, em que a melodia da voz ganha uma preponderância imensa, e este é um pormenor importante. "A novidade" simplesmente não tem melodia, nem se pode dizer que volte à tónica porque nunca chega a ir embora, e no entanto é absolutamente genial e hipnotisante. E aqui o pormenor dos arranjos revela as diferenças, a voz é apenas uma pequena parte de todo o arranjo, em que a harmonia se faz com a guitarra, com a flauta a tocar noutro tom, com os coros, e teclas, em cima disto ainda há a riquíssima percursão brasileira a encher completamente o ambiente fazendo um suporte sólido. Agora estou a ouvir "Refazenda" e o argumento continua válida.

9:59 da tarde, outubro 03, 2006  
Blogger rb Escreveu...

Caro Zèd,

Como lhe disse sou um apaixonado por este tema e como tal não posso deixar de continuar a comentar. Então vamos a isto:
""A Bossa Nova é inspirada no Jazz" é uma simplificação exagerada."
Claro que sim, mas além das afinidades que apontou, a Bossa Nova foi também beber o estilo do Jazz cantado, agora não me lembro ao certo, mas é mais ou menos aquele estilo do Frank Sinatra. Com a voz calmo, macia e com inflexões ligeiras da voz. O choro e samba tb lá estão, claro, no ritmo e batida própria da BN, mas aquele modo de cantar intimista iniciado com o João Gilberto também tem influência do Jazz (por falar nisto Influência do Jazz é um nome duma música de Carlos Lyra, um dos percurssores da BN).

"Por outro lado o II-IV-I é uma formula muito específico do Jazz sobretudo a partir do Be Bop, tal como aliás uma série de variações no "12-Bar Blues", e são coisas que não vemos muito na música brasileira."
Não disse II-IV-I mas II-V-I e aqui não tenho dúvidas de que aparece montes de vezes na Bossa Nova, posso dar centenas de exemplos.

"as tetradas, elas são muito menos abundantes no "Chico Song Book" do que no cancioneiro de Jobim ou João Gilberto e o inverso se passa com as tríades maiores e menores, sinal da brancura de Buarque."
Aqui fiqui confuso. Não sei que livros tem do Chico, mas não deve haver melhor do que os Songbooks, de Almir Chediak, editora Lumiar. Neles os próprios autores participaram, são versões genuinas. Tenho os 4 volumes dele e tenho também os 3 do Tom Jobim e 2 do Caetano, do GGil e do Djavan. E ainda há mais.
O Chico é raro utilizar tríades a não ser como inversões ou com a 6.ª e sempre como forma de conduzir a harmonia, para chegar a outros acordes.

"comparação entre Gil e Buarque, e é uma coisa um bocado descabida, é como estar a comparar irmãos, mas aí a culpa é toda minha, ..."
Pois, eu fui atrás do seu post e comentários ...

"Tomemos como caso tipo de Chico a "Valsinha" e de Gil (esta foi uma escolha difícil) "A Novidade"."
Não são bons exemplos, a meu ver, porque valsinha é uma valsa (compasso ternário) e A Novidade é um reagge (suponho que seja aquela que começa "E a novidade veio dar à praia ..."). Deviam ser comparados dois estilos iguais, ou seja duas bossas novas. Sucede que o Gil não é muito de BN, ele é mais Baião, Xote, Xaxado, Reagge, Samba e por aí. Ou seja a sua música é mais rítmica, popular e foclórica. Daí que concorde com a afirmação de que é uma música mais negra.
O que eu contestei foi a afirmação de que a música de Chico é demasiado tonal quando comparada com a do Gil. Este tem músicas com meia dúzia de acordes e com a melodia a passar por poucas notas. Consegue ser genial mesmo assim, mas é limitado. Enquanto o Chico quase todas as músicas tem dezenas de acordes e todos eles sufesticados. E tanto faz isso como faz BN, samba, choro (reagge nem por isso), Baião, Embolada, ele faz quase tudo. No seu último disco até Rap tem. A sua música é muito mais completa.

Por exemplo: essa Refazenda, do Gil, de acordo com os tais songbooks que falei, está em Ré Maior e tem apenas 4 acordes. Começa por alternar RéM, uma tríade!, com Lá de sétima dominante com quarta, chamado acorde de dominante suspenso, porque em vez da 3.ª tem 4.ª. Ou seja um simples e básico I-V.
Depois, numa parte B, faz uma modelação para o modo homónimo menor, alternando Ré menor, tríade, e Lám7. Este recurso é muito frequente, é a utilização dos acordes da escala homónima menor, neste caso Ré m que é o relativo de Fá M. E é só isto. A melodia é básica pois repete a mesma nota várias vezes, o Ré e o Lá e limita-se às notas que fazem parte dos acordes utilizados. A letra é que é fantástica. Aliás, apesar desta simplicidade é das músicas que mais gosto dele. Estou a ser maçador, não? É que eu entusiasmo-me ...

11:48 da tarde, outubro 03, 2006  
Blogger Zèd Escreveu...

Ok rb, mas isto de vir aqui para o meu blog para me dar porrada não está bem :-)

Estamos de acordo nalgumas coisas, noutras não, o que é sempre bom, e talvez estejamos também a falar de coisas diferentes usando os mesmos nomes. Começando por aqui, quando digo que Chico é muito tonal, não quer dizer que não saia da mesma nota, mas sim que não saia da mesma escala, e volta sempre à tónica, mas aí concedo que é algo de muito frequente. Não é só Chico Buarque, até Gil pode ser assim (no regresso à tónica).

II-IV-I é gralha, eu estava a falar do II-V-I, e é de facto um formalismo de Jazz, é aliás fundmental. Conjuntamente com o "12-bar Blues", e já agora também o "Rythm Changes" os grandes standards do Jazz. Acredito que também ocorram na música brasileira, mas não são omnipresentes como no Jazz, parece-me mas posso estar enganado.

Quanto à abundância das tetradas o meu conhecimento não é tão exaustivo quanto isso, dos livros do Almir Chediak, só tenho um de BN, e não tem nenhum tema de Chico. As transcrições que conheço foram tiradas na internet, porventura menos fiáveis que Chediak, mas nas que vi abundam as tetradas maiores e menores nos temas de Chico.

Na comparação entre Chico e Gil não vale a pena insistir, o que eu queria dizer mesmo é que Gil é muito mais negro e Buarque muito mais branco, e nisso parece que estamos de acordo. A partir daí é uma questão de gosto.

8:16 da manhã, outubro 04, 2006  
Blogger rb Escreveu...

Caro Zèd,

Não queria dar-lhe "porrada", longe disso, mas quem tem caixa de comentários sujeita-se à discordância de ideias ;)

"não saia da mesma escala, e volta sempre à tónica"

Foi justamente esta ideia que não concordo e considero uma injustiça à música do Chico (lá estou eu a dar porrada). É que pelo contrário ele sai constantemente da escala, com cromatismos ou modelações momontâneas, e tem até diversas músicas em que ele constantemente modela, como por exemplo, Rosa-dos-Ventos, que a Bethânia canta. E isso de regressar à tónica, sinceramente não entendo em que se fundamenta para dizê-lo.

Em relação ao II-V-I em quase todas as músicas do Gil, Chico e outros ele está presente, posso demonstrá-lo com exemplo, se quiser.

Quanto às tétrades, e se toca viola, recomendo-lhe vivamente a compra dos livros que referi (já se vendeu na Fnac) porque de longe não tem qualquer comparação com aquilo que se vê em cifras na net pois em relação a BN está praticamente tudo errado nos acordes, ou quase. Que músicas do Chico viu onde abundam as tríades (acho que era isto que queria dizer)? Até gostava de comparar essas versões com as dos Songbooks.

2:02 da tarde, outubro 04, 2006  
Blogger Zèd Escreveu...

Caro rb,

As caixas de comentários servem para isto mesmo, e sempre vou aprendendo alguma coisa.

Quanto às modulações e cromáticos, isso depende também de que escala estamos a falar. Um música tocada numa escala menor, do ponto de vista da maior vai ter alguns cromados, mas acho que nem é essa a questão aqui. Acho que depende de em que música do Chico estamos a pensar como exemplo, e para continuar a discussão era preciso uma análise muito mais aprofundada, e num grande número de temas. Isso daria até uma boa tese de doutoramento. Era capaz era de perder a piada, para um amador como eu.

Quanto aos livros do Chediak são mesmo muito bons. Se voltar a pegar na Guitarra compro mais alguns (embora eu seja mais Jazz mesmo).

Um abraço, e espero que as nossas discussões continuem

7:30 da tarde, outubro 04, 2006  
Blogger rb Escreveu...

Não senhor, faça mas é o favor de retirar o ".... mas..." ao título do post e fica: Chico Buarque é bom! :))))
A sério: foi mt agradável esta troca de pontos de orelha.
O Agreste Avena já foi para os meus favoritos e estarei atento a outras trocas de pontos. Sem "porrada", prometo.
Um abraÇo virtual.

3:56 da tarde, outubro 05, 2006  
Anonymous Anónimo Escreveu...

Cumprimento a todos e ZEd, foi mal ai, mas acho que voce devia mesmo refazer o seu post pelas coisas que disse. realmente nao fazem sentido. acabei de ouvir o carioca ao vivo, que lance louco e esse das triades e voltas as tonicas que voce ve no Chico.
NUnca paro assim de bobeira, que que eu tenho a ver com isso ne zed, mas o ricardo disse uma coisa que eu gostei: quem tem caixa de comentarios...

5:11 da tarde, agosto 14, 2008  

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