Isto está a aquecer...
Quando estamos a dias do primeiro aniversário dos tumultos das Banlieues aqui em França - começaram a 27 de Outubro - multiplicam-se os sinais de que os distúrbios se podem repetir este ano. Não foi só o autocarro que foi ontem (domingo) queimado em Grigny, sul de Paris. Têm sido vários os incidentes das últimas semanas, nomeadamente emboscadas a polícias.
São os próprios serviços de informação da polícia, os Renseignements Généraux, num relatório a que o Le Figaro teve acesso quem vem reconehcer que grande parte das causas que levaram aos tumultos o ano passado continuam reunidas. Não deixa de ser significativo que seja um jornal de direita a revelar este relatório, e que este venha da própria polícia, polícia essa que está sobre a tutela de Nicolas Sarkozy (embora esse continue a afirmar que não se vão repetir o que aconteceu o ano passado). Conclui-se daqui aquilo que não era difícil de adivinhar, depois de tudo o que aconteceu, do quanto se falou dos problemas das Banlieues, nada foi feito, nada mudou. Em particular este governo não fez nada para resolver a situação.
Pelo sim, pelo não o tal relatório já identificou antecipadamente os culpados por eventuais explosões de violência: os Média (como sempre, porque nos andam a lembrar que a situação continua na mesma), as férias escolares (claro que o vandalismo se deve apenas a miúdos desocupados, que no resto do tempo até vão à escola) ou o fim do Ramadão (não sei se perceberam a mensagem subliminar...).
Não tenho por certo que os tumultos se vão repetir, mas se se repetirem não fico de todo surpreendido. O que me parece certo é que estes acontecimentos são um sintoma de um problema que não está resolvido, mas que a classe política se limita a esperar que passe com o ar do tempo. E já agora falando disso o problema, na minha opinião, não é o falhanço da política de integração francesa. Essa política foi no passado até bastante bem sucedida, que o diga a comunidade portuguesa, isso apesar de terem sido cometidos alguns erros nomeadamente ao nível do urbanismo com a construção das Cités. Mais do que o problema de fundo há actualmente problemas circunstanciais, por vontade política, que estão na origem destes episódios de violência. O problema hoje é precisamente o retrocesso em anos mais recentes da política de integração que funcionava antes, criando um clima de hostilidade por parte do estado em relação aos imigrantes. Por outro lado, em relação com essa hostilidade, há hoje uma repressão policial dirigida especialmente às comunidades imigrantes, e descendentes de imigrantes - os jovens das Cités não passam um dia sem que lhes peçam a identificação, ou sejam mesmo revistados, sem outro motivo concreto que não o de serem banlieuesards.
São os próprios serviços de informação da polícia, os Renseignements Généraux, num relatório a que o Le Figaro teve acesso quem vem reconehcer que grande parte das causas que levaram aos tumultos o ano passado continuam reunidas. Não deixa de ser significativo que seja um jornal de direita a revelar este relatório, e que este venha da própria polícia, polícia essa que está sobre a tutela de Nicolas Sarkozy (embora esse continue a afirmar que não se vão repetir o que aconteceu o ano passado). Conclui-se daqui aquilo que não era difícil de adivinhar, depois de tudo o que aconteceu, do quanto se falou dos problemas das Banlieues, nada foi feito, nada mudou. Em particular este governo não fez nada para resolver a situação.
Pelo sim, pelo não o tal relatório já identificou antecipadamente os culpados por eventuais explosões de violência: os Média (como sempre, porque nos andam a lembrar que a situação continua na mesma), as férias escolares (claro que o vandalismo se deve apenas a miúdos desocupados, que no resto do tempo até vão à escola) ou o fim do Ramadão (não sei se perceberam a mensagem subliminar...).
Não tenho por certo que os tumultos se vão repetir, mas se se repetirem não fico de todo surpreendido. O que me parece certo é que estes acontecimentos são um sintoma de um problema que não está resolvido, mas que a classe política se limita a esperar que passe com o ar do tempo. E já agora falando disso o problema, na minha opinião, não é o falhanço da política de integração francesa. Essa política foi no passado até bastante bem sucedida, que o diga a comunidade portuguesa, isso apesar de terem sido cometidos alguns erros nomeadamente ao nível do urbanismo com a construção das Cités. Mais do que o problema de fundo há actualmente problemas circunstanciais, por vontade política, que estão na origem destes episódios de violência. O problema hoje é precisamente o retrocesso em anos mais recentes da política de integração que funcionava antes, criando um clima de hostilidade por parte do estado em relação aos imigrantes. Por outro lado, em relação com essa hostilidade, há hoje uma repressão policial dirigida especialmente às comunidades imigrantes, e descendentes de imigrantes - os jovens das Cités não passam um dia sem que lhes peçam a identificação, ou sejam mesmo revistados, sem outro motivo concreto que não o de serem banlieuesards.
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