Em resposta ao Catenaccio
Esta altura é propícia a prognósticos, e a equipas-tipo. O Rui Tavares deu o mote e apresentou-nos um catenaccio italiano dos antigos. Eu vejo pelo menos duas alternativas igualmente fortes. Uma equipa portuguesa a jogar em 3-4-3, ou uma equipa americana a jogar num 4-4-2 clássico. O critério de selecção não é o pincel mas a pluma num caso, a pauta no outro.
A equipa portuguesa. Na baliza Camões, o guardião do templo naturalmente, tão bom nas alturas como junto à terra, vê mais com um olho semi-cerrado do que qualquer outro jogador com os dois bem abertos (como suplente poderia ser Diogo Berardes, foi suplente de Camões a vida toda, pode continuar a ser, não sai do banco). Uma defesa com três jogadores apenas. A líbero, Jorge de Sena, assegura um excelente entendimento com o guardião, tem bom posicionamento e um excelente poder de análise. Dois centrais de marcação, Saramago com o seu estilo de jogo simples mas regular e consitente, por vezes duro a defender mas sempre intransponível, Lobo Antunes complementa-o na prefeição, com uma enorme gama de recursos, igualmente consistente, exímio no jogo psicológico. Um meio-campo com quatro jogadores em linha, todos capazes de defender e de atacar. Ao meio Fernando Pessoa, jogador versátil, polivalente, capaz de cumprir inúmeras funções dentro de campo, joga em qualquer posição, e Eça de Queirós, jogador pragmático, lúcido, excelente a distribuir jogo. Nas alas dois criativos, rápidos sobre a bola, vindos da mesma cantera, à esquerda Mário Henrique Leiria, à direita Mário de Cesariny. No ataque um tridente ofensivo de luxo. Antero de Quental, jogador incansável, batalhador, deixa até à última gota de sangue em campo, joga ligeiramente mais recuado a fazer a ligação com o meio-campo, à sua frente o irreverente Luiz Pacheco, jogador sempre muito acutilante e imprevisível, capaz de um rasgo de génio a todo o momento, acompanhado por Sophia de Mello Breyner, jogadora fantasista de finíssimo recorte técnico.
A equipa americana a jogar num 4-4-2 clássico. Na baliza Benny Goodman, Miles Davis diria "We didn't know who to put in there, so we got this white cat". A líbero, Max Roach, o pilar de qualquer orquestra é o seu baterista. A central Louis Armstrong, um verdadeiro falso-lento, bom posicionameto, exímio na marcação. A defesa direito Count Basie, jogador seguríssimo a defender, capaz de particpar nas jogadas ofensivas, excelente cultura tática, a defesa esquerdo, Wes Montegomery, conservador no seu estilo de jogar sem palheta mas um executante rapidíssimo. O meio-campo composto por quatro jogadores ao estilo do Brasil 82, Duke Ellington, figura tutelar, a fazer de Júnior, Miles Davis, jogador de versátil a fazer de Falcão, Charlie "Bird" Parker, o criativo a fazer de Sócrates, e Dizzy Gillespie, o armador de jogo, vedeta da equipa a fazer de Zico. No ataque, Horace Silver (aliás Horácio Silva) um hard-bopper para o trabalho árduo, e a número 9, com o seu excelente poder de concretização Billie Holliday.
A equipa portuguesa. Na baliza Camões, o guardião do templo naturalmente, tão bom nas alturas como junto à terra, vê mais com um olho semi-cerrado do que qualquer outro jogador com os dois bem abertos (como suplente poderia ser Diogo Berardes, foi suplente de Camões a vida toda, pode continuar a ser, não sai do banco). Uma defesa com três jogadores apenas. A líbero, Jorge de Sena, assegura um excelente entendimento com o guardião, tem bom posicionamento e um excelente poder de análise. Dois centrais de marcação, Saramago com o seu estilo de jogo simples mas regular e consitente, por vezes duro a defender mas sempre intransponível, Lobo Antunes complementa-o na prefeição, com uma enorme gama de recursos, igualmente consistente, exímio no jogo psicológico. Um meio-campo com quatro jogadores em linha, todos capazes de defender e de atacar. Ao meio Fernando Pessoa, jogador versátil, polivalente, capaz de cumprir inúmeras funções dentro de campo, joga em qualquer posição, e Eça de Queirós, jogador pragmático, lúcido, excelente a distribuir jogo. Nas alas dois criativos, rápidos sobre a bola, vindos da mesma cantera, à esquerda Mário Henrique Leiria, à direita Mário de Cesariny. No ataque um tridente ofensivo de luxo. Antero de Quental, jogador incansável, batalhador, deixa até à última gota de sangue em campo, joga ligeiramente mais recuado a fazer a ligação com o meio-campo, à sua frente o irreverente Luiz Pacheco, jogador sempre muito acutilante e imprevisível, capaz de um rasgo de génio a todo o momento, acompanhado por Sophia de Mello Breyner, jogadora fantasista de finíssimo recorte técnico.
A equipa americana a jogar num 4-4-2 clássico. Na baliza Benny Goodman, Miles Davis diria "We didn't know who to put in there, so we got this white cat". A líbero, Max Roach, o pilar de qualquer orquestra é o seu baterista. A central Louis Armstrong, um verdadeiro falso-lento, bom posicionameto, exímio na marcação. A defesa direito Count Basie, jogador seguríssimo a defender, capaz de particpar nas jogadas ofensivas, excelente cultura tática, a defesa esquerdo, Wes Montegomery, conservador no seu estilo de jogar sem palheta mas um executante rapidíssimo. O meio-campo composto por quatro jogadores ao estilo do Brasil 82, Duke Ellington, figura tutelar, a fazer de Júnior, Miles Davis, jogador de versátil a fazer de Falcão, Charlie "Bird" Parker, o criativo a fazer de Sócrates, e Dizzy Gillespie, o armador de jogo, vedeta da equipa a fazer de Zico. No ataque, Horace Silver (aliás Horácio Silva) um hard-bopper para o trabalho árduo, e a número 9, com o seu excelente poder de concretização Billie Holliday.
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