quarta-feira, julho 26, 2006

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Einstein, esse grande anti-semita

"(...). Para consegui-lo temos [Israel] que resolver nobremente, publicamente e dignamente, o problema da coabitação com o povo irmão dos árabes. Temos as oportunidade de provar aquilo que aprendemos durante os séculos de um passado vivido duramente. Se descobrirmoso caminho exato, e ganharemos e serviremos de exemplo para outros povos.
(...)
Devemos manter em nossa relação como o povo árabe a mais extrema vigilância. Graças a esta atitude poderemos evitar que no futuro tensões muito perigosas venham a se manifestar e poderiam ser aproveitadas como a atos belicosos. Com facilidade poderemos atingir o nosso objectivo porque nossa realização foi e é concebida de maneira a servir também os interesses concretos da população árabe"

Albert Einstein
in Discurso sobre a obra de construção da Palestina
publicado em "Como Vejo o Mundo" (1953)
Editora Nova Fronteira (21ª edição)

Sem surpresas, quando se agrava o conflito no médio oriente, os críticos de Israel são acusados de anti-semitismo. Segundo Eduardo Pitta acusar Israel de lançar ataques desproporcionados equivale a padecer de anti-semitismo larvar, Francisco José Viegas apoia. No Insurgente é Zapatero quem é acusado de ser anti-semita, e apanhando a boleia insinua-se o mesmo em relação a Vital Moreira. Helena Matos, no "Público" (sem link) afina pelo mesmo diapasão. Presumo portanto que todos os acima citados considerem que Albert Einstein, por defender a co-habitação entre judeus e árabes, era também um anti-semita. Mais, se considerarmos que ele era contra a criação de um estado Judaico, e preferia um estado único para árabes e judeus, devem considerar que se tratava de um potencial terrorista ou coisa parecida. Pouco importa que tenha sido, por exemplo, convidado para ser o segundo presidente de Israel, em Novembro de 1952, após a morte de Chaim Weizmann.

Estas acusações de anti-semitismo não fazem mais do que criar ruído, quando o que se quer é debater a questão. Se acreditam honestamente no que dizem (e eu estou convencido que acreditam) pelo menos façam o favor de explicar porquê. Não se fiquem por esse "é anti-semita e ponto final". Por exemplo, sou de opinião que Israel deve defender-se dos ataques do Hezbollah, que Israel tem o direito a uma fronteira segura com o Líbano, como sou também sou de opinião que os ataques de Israel são desproporcionados. E nem falo da proporção dos meios militares de Israel e do Hezbollah, felizmente que os de Israel são superiores, como não entro na contabilidade do "Hezbollah só matou um, Israel matou dez", se esses dez fossem todos terroristas do Hezbollah, não me incomoda. A desproporção está na envergadura de um ataque ao Líbano que não tem tido a preocupação de se cingir às bases terroristas, e pouco ou nada tem feito para evitar a morte de civis (e de observadores da ONU). E de caminho fragilizam o governo do Líbano - eleito democraticamente, diga-se - , reduzindo-lhe a capacidade de controlar o Hezbollah. Expliquem-me por favor, onde está o anti-semitismo desta tese?

Quanto mais não seja, por respeito às verdadeiras vítimas do anti-semitismo - seja na Lisboa de 1506 seja no Holocausto Nazi - que tenham o pudor de se abster de fazer uso dessas acusações de anti-semitismo como arma de arremeço.



Einstein com Ben Gourion, 1951

Arquivado em:Política

1 Comments:

Anonymous Anónimo Escreveu...

ANTI-SEMITISMO, É UMA MANOBRA JUDIA(PASSANDO-SE SEMPRE POR VÍTIMA), PARA INTIMIDAR TODOS AQUELES QUE NÃO CONCORDAM COM AS SUAS ATITUDES PREJUDICIAIS AO DIREITO,AOS BONS COSTUMES E A VIDA DOS POVOS COM OS QUAIS CONVIVE.

3:29 da manhã, maio 19, 2008  

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