As bandeiras...
Há uma esquerda -na qual eu me incluo- que tem uma alergia à bandeira nacional, e porventura demais simbolos patrióticos. Nem sei como é que está a coisa agora, mas lembro-me como foi no europeu, e fez-me um bocado de confusão. É engraçado que algo muito semelhante, ao que parece, se passa agora na Alemanha com o mundial. Há uma febre das bandeiras (pelos vistos pela primeira vez desde 1945) e há um desconforto de uma certa esquerda. Num e noutro caso houve uma ditadura fascista/nazi que se apropriaram dos símbolos nacionais e os transformaram em instrumentos ao serviço da ideologia, aliás apropriaram-se da própria ideia de patriotismo.
O optimista que há em mim diz, no entanto, que esta febre bandeirista até é uma coisa boa. A banalização pelo (ou através) futebol é talvez a melhor maneira de des-sacralizar a bandeira nacional. Ela perde a sua carga ideológica e transforma-se tão somente num símbolo que materializa o elemento que têm em comum todos os que apoiam a selecção, que é apenas a circunstância de, indepentemente da sua origem ou ideologia, terem a mesma cidadania, e se identificarem com o mesmo país. Esta bandeira que anda para aí é a bandeira do Figo, do Cristiano Ronaldo, e do Pauleta, tanto quanto é a do Costinha, do Petit, do Miguel e do Deco.
O optimista que há em mim diz, no entanto, que esta febre bandeirista até é uma coisa boa. A banalização pelo (ou através) futebol é talvez a melhor maneira de des-sacralizar a bandeira nacional. Ela perde a sua carga ideológica e transforma-se tão somente num símbolo que materializa o elemento que têm em comum todos os que apoiam a selecção, que é apenas a circunstância de, indepentemente da sua origem ou ideologia, terem a mesma cidadania, e se identificarem com o mesmo país. Esta bandeira que anda para aí é a bandeira do Figo, do Cristiano Ronaldo, e do Pauleta, tanto quanto é a do Costinha, do Petit, do Miguel e do Deco.
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