Dialogando comigo próprio (continução)
- Mas tu tens consciência de como isto seria se todos fossemos burgueses?
- Claro que tenho, qual é o problema?
- Uma sociedade de meninos mimados é o que era.
- Está-te a fugir o pézinho para o chinelo...
- Qual chinelo? Então não era, se todos fossem burgueses isso quereria dizer que ninguém soube o que é lutar pela vida.
- ... para o chinelo assim estilo reaça.
- Era só gente que teve tudo sem ter que lutar por nada. Seríamos TODOS assim, tens conscência?
- Tenho consciência de que estás a exagerar, a simplificar e a reduzir a questão a esterótipos.
- Quais estereótipos, quais carapuça?! Já agora é o que se vê!, o que mais há para aí é pessoal que passa a vida a lamuriar-se quando nunca teve problemas a sério.
- Não é bem assim...
- Então não é? Anorexias, neuroses, depressões, e o caraças...
- Bom, hoje estás imparável!
- Vê lá se quando foste a África alguém tinha depressões.
- Eles lá têm tempo para ter depressões...
- Precisamente! É isso que eu estou a dizer.
- Lá fome passam, agora depressões não.
- Pois, e como têm que trabalhar no duro sabem o valor que as coisas têm.
- Estou a ver, acho que já percebi onde queres chegar. O melhor mesmo é toda a gente passar por umas necessidadesitas que só faz é bem!
- Não estou a dizer que têm que passar fome, mas é um facto, passar por dificuldades ajuda a formar o carácter.
- Por muito que ajude a formar um bom carácter o que eu gostava mesmo era que eles não passassem fome.
- Eu também, mas...,enfim... a coisa tem o seu lado positivo, quer dizer...
- Exactamente, meu caro, quer dizer... Quer dizer que o melhor mesmo é a coisa continuar assim, alguns, poucos, burgueses mimados e com dinheiro, outros pobres, honrados, mas com carácter. É isso?
- Isso é distorcer as minhas palavras, é o que é.
- Então explica-te lá...
- O que eu quiz dizer - acho - é que não há sociedades perfeitas, se fossemos todos burgueses também haveria um problema grave de excesso de, por assim dizer, meninos mimados.
- Pois, estou a ver...
- É que de facto isso do pessoal que tem tudo de mão beijada, não tem problemas graves e ainda se lamuria que não-sei-quê-não-sei-que-mais não é bom.
- Então e tu queres melhor do que uma sociedade onde ninguém tem problemas a sério? Em que quem se quiser preocupar tem que arranjar problemas fictícios? Isso era o paraíso, meu caro!
- Claro que tenho, qual é o problema?
- Uma sociedade de meninos mimados é o que era.
- Está-te a fugir o pézinho para o chinelo...
- Qual chinelo? Então não era, se todos fossem burgueses isso quereria dizer que ninguém soube o que é lutar pela vida.
- ... para o chinelo assim estilo reaça.
- Era só gente que teve tudo sem ter que lutar por nada. Seríamos TODOS assim, tens conscência?
- Tenho consciência de que estás a exagerar, a simplificar e a reduzir a questão a esterótipos.
- Quais estereótipos, quais carapuça?! Já agora é o que se vê!, o que mais há para aí é pessoal que passa a vida a lamuriar-se quando nunca teve problemas a sério.
- Não é bem assim...
- Então não é? Anorexias, neuroses, depressões, e o caraças...
- Bom, hoje estás imparável!
- Vê lá se quando foste a África alguém tinha depressões.
- Eles lá têm tempo para ter depressões...
- Precisamente! É isso que eu estou a dizer.
- Lá fome passam, agora depressões não.
- Pois, e como têm que trabalhar no duro sabem o valor que as coisas têm.
- Estou a ver, acho que já percebi onde queres chegar. O melhor mesmo é toda a gente passar por umas necessidadesitas que só faz é bem!
- Não estou a dizer que têm que passar fome, mas é um facto, passar por dificuldades ajuda a formar o carácter.
- Por muito que ajude a formar um bom carácter o que eu gostava mesmo era que eles não passassem fome.
- Eu também, mas...,enfim... a coisa tem o seu lado positivo, quer dizer...
- Exactamente, meu caro, quer dizer... Quer dizer que o melhor mesmo é a coisa continuar assim, alguns, poucos, burgueses mimados e com dinheiro, outros pobres, honrados, mas com carácter. É isso?
- Isso é distorcer as minhas palavras, é o que é.
- Então explica-te lá...
- O que eu quiz dizer - acho - é que não há sociedades perfeitas, se fossemos todos burgueses também haveria um problema grave de excesso de, por assim dizer, meninos mimados.
- Pois, estou a ver...
- É que de facto isso do pessoal que tem tudo de mão beijada, não tem problemas graves e ainda se lamuria que não-sei-quê-não-sei-que-mais não é bom.
- Então e tu queres melhor do que uma sociedade onde ninguém tem problemas a sério? Em que quem se quiser preocupar tem que arranjar problemas fictícios? Isso era o paraíso, meu caro!
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