domingo, março 26, 2006

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A Máquina do Espaço/Tempo


No Château não se bebe apenas a melhor bica de Paris, também se mata saudades.

(em ruído de fundo sobrepõe-se inúmeras vozes masculinas)
- Joga caráilho!
- Istás à espera de quêi?!
- Boa tarde.
- 'Ta bom?
- Trêis a zero...
- Quais três, têns aí um
- É um café, se fachavor
- Toma lá os teus vinte euros
-...
- São duas cerbeijas?
- Hoje não quero cerbêja
- Não te preocupes ó Paulo que não sais daqui sem o teu dinheiro
- ... as boas contas, fodasse, fazem os bons amigos, carálho
- Para mim é branco
- É meismo ao lado
- Com'é que ficou o jogo ontem?
- Um a zero
- Pas mal
- Merci-ó
- Adeus, boa tarde

Mortas as saudades de um outro espaço que existiu num outro tempo, sai-se da porta e regressa-se a Paris, na circunstância o quatorziéme.


Arquivado em:Paris