quinta-feira, setembro 07, 2006

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É muita Fruta!

Literalmente!, a fruta é muita e variada. Talvez nada que espante quem esteja habituado à fruta tropical, mas é muito para além da pequena amostra de exotismo que temos nos supermercados cá mais para norte. Quem gosta de comprar essa pouca fruta, por sinal caríssima, para efeitos de simples ostentação, seria inapelavelmente humilhado. Mas há ainda um pequeno pormenor, que é a acessibilidade da fruta (ou então talvez eu tenha tido simplesmente sorte, mas não me parece). Na casa onde estive o tempo quase todo havia no jardim Goiabas, Abacates, Fruta-Pão, Maracujá, Pomme-Liane, Cereja-Acerola, um citrino parecido com Toranja, e aquela que foi para mim a grande descoberta, a Pomme-Cannelle (Ponm-Canèl em crioulo) - quero lá saber que tenha caroços, é deliciosa! E não estou a falar de um pomar, apenas um jardim mantido assim como que para funções estritamente ornamentais.
Com tanta escolha, os usos também que se dão à fruta são também variados, comer apenas uma peça de fruta ao fim da refeição não dá vazão à coisa. Embora se possa comer quase qualquer fruta à refeição, há-as que se tornam mais especializadas noutras "funções". Sem surpresas (digo eu) o abacate pode comer-se como entrada, com um vinagretezinho ou com um pouco de piment - ui, explosivo! Já a banana verde, ou até madura, passada pela frigideira, pode servir de acompanhamento à carne ou, sobretudo, ao peixe. A fruta-pão cozida em água, a laia de batata, faz muito bem disso mesmo, batata, mais doce, mas não excessivamente, sendo aliás mais saborosa (pelo menos para o paladar de quem come batatas há mais de trinta anos). O inhame é outra alternativa, se bem que - hélas - não seja um fruto, é uma raiz. A carambola, serve para tudo e mais alguma coisa, pessoalmente prefiro o sumo, mas pode ser vinho, vinagre, seca com açúcar, ou simplesmente natural. Mas o cúmulo da eficiência, ou aliás da rentabilidade, é a Goiaba feita em sumo. É que com três Goiabas apenas se faz um litro de sumo. Leva-se aquilo tudo cortado em pedaços, casca e caroços incluídos, ao copo misturador, o dá num puré bem consistente, passa-se o puré para tirar os caroços, e há ainda bastante margem para juntar gelo e água até ter um sumo que se possa beber, não sem juntar um pouco de açúcar - de cana, como convém - et voilà!


Arquivado em:Viagem às Caraíbas