Uma agradável surpresa
Numa recente vista relâmpago a Londres (viva o Eurostar) descobri quase por acaso o Barbican, e em particular a exposição "Future City Experiment and Utopia in Architecture 1956 - 2006". Como o nome sugere, nesta exposição são apresentadas várias correntes de pensamento na arquitectura dos últimos cinquenta anos. O objectivo é, mais do que apresentar projectos construídos, expôr diferentes reflexões sobre o modo como a arquitectura e o urbanismo podem efectivamente influenciar o nosso modo de vida. Para mim, que não percebo rigorosamente nada do assunto, fez-me pensar e ver de um modo completamente diferente coisas que tinha por adquiridas. Logo para começar, à saída da exposição, olha-se para o próprio Barbican com outros olhos. O Barbican, além de um centro de espectáculos e exposições, é também um bairro com uma concepção completamente diferente do resto de Londres, e só por isso é o local ideal para esta exposição.
Na exposição em si há muitas coisas interessante, e algumas que não o sendo são-o por isso mesmo. Há ideias expostas que parecem assumidamente utópicas, e por essa razão algo inconsequentes. Outras completamente revolucionárias, mas em que dificilmente se poderá prever como as pessoas, os habitantes, iriam reagir, e provavelmente pouco funcionais. Mas mais ainda havia muitas ideias inovadoras e arrojadas, que só por tibieza política não se realizaram. Improvavelmente se veria um político actual, porventura preocupado com sondagens, aceitar construir algo de muito controverso para a opinião pública, por mais que os benefícios futuros sejam evidentes. Por exemplo, o projecto de que Ella mais gostou foi uma maquete para o Centro Pompidou, que faz o actual (já de si "controverso") parecer verdadeiramente convencional, cinzento e chato. Político nenhum se atreveria a construir aquilo, mas que era fantástico, lá isso era.
Pessoalmente, do que eu mais gostei na exposição foi, de longe, dos metabolistas japoneses (este artigo fala um pouco mais sobre esta corrente).
Na exposição em si há muitas coisas interessante, e algumas que não o sendo são-o por isso mesmo. Há ideias expostas que parecem assumidamente utópicas, e por essa razão algo inconsequentes. Outras completamente revolucionárias, mas em que dificilmente se poderá prever como as pessoas, os habitantes, iriam reagir, e provavelmente pouco funcionais. Mas mais ainda havia muitas ideias inovadoras e arrojadas, que só por tibieza política não se realizaram. Improvavelmente se veria um político actual, porventura preocupado com sondagens, aceitar construir algo de muito controverso para a opinião pública, por mais que os benefícios futuros sejam evidentes. Por exemplo, o projecto de que Ella mais gostou foi uma maquete para o Centro Pompidou, que faz o actual (já de si "controverso") parecer verdadeiramente convencional, cinzento e chato. Político nenhum se atreveria a construir aquilo, mas que era fantástico, lá isso era.
Pessoalmente, do que eu mais gostei na exposição foi, de longe, dos metabolistas japoneses (este artigo fala um pouco mais sobre esta corrente).
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