segunda-feira, fevereiro 13, 2006

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Os transportes públicos

E por falar nos autocarros da Zâmbia, os do Congo são um bocado diferentes. Na Zâmbia, para além de azuis ainda se assemelham ao que por cá (leia-se Europa, por exemplo) se chama autocarros, mas dos pequenos.

Já no Congo os autocarros são brancos, e não azuis, e são Toyotas Hiace, o que dificilmente se enquadra na definição "ocidental" de autocarro. Têm uma capacidade mínima de 18 passageiros e uma capacidade máxima de 18 passageiros. Para que um Hiace levem 18 passageiros é preciso fazer alterações; põe-se dois bancos atrés como os que eu consegui fotografar numa oficina (e que estava eu a fazer numa oficina? acho que vou responder a isso no post de amanhã), e mais dois de lado, e 4 pessoas em cada banco o que faz 16, e vão mais dois passageiros ao lado do condutor. Há ainda em cada autocarro um cobrador que vai sempre pendurado na porta. Para além de recolher o dinheiro o cobrador informa os transeuntes do destino do autocarro, não outra indicação, e está sempre à procura de algum potencial passageiro que lhe faça sinal, aí é ele que manda parar o autocarro para apanhar o passageiro. Paragens propriamente ditas só nos locais de início de terminus da carreira. Apesar de o parque automóvel ter aumentado 10 vezes nos últimos anos (se percebi bem desde que acabou a guerra, ou seja uns cinco anos) a maioria das pessoas ainda não tem carro, e mesmo para os que têm a gasolina é usada cuidadosamente doseada, porque o dinheiro não abunda. Estes autocarros são de longe, pelo que me foi dado a observar, o meio de transporte mais usado.


Arquivado em:Viagem a África